Perguntas frequentes

O que é o projeto Casarão Amália Noll?

O projeto consiste em restaurar e entregar para uso da comunidade o prédio tombado conhecido como Casarão Amália Noll, possivelmente o único exemplar remanescente da arquitetura dos tempos da imigração na área urbana do município de Feliz. A iniciativa será realizada por etapas, sendo restaurado inicialmente o primeiro dos três blocos construtivos do casarão.

O que está previsto para a primeira etapa?

Na primeira etapa, vamos restaurar o primeiro módulo do casarão, uma construção em estilo “neoclássico” à esquerda do conjunto arquitetônico. Já está tudo pronto para que as obras iniciem, uma iniciativa que vai recuperar elementos construtivos originais e inserir elementos contemporâneos onde não há possibilidade de recuperação dos originais. Após o restauro, o espaço será utilizado como biblioteca municipal e terá salas multiuso para a comunidade. 

O que já foi feito até o momento?

Após o tombamento do prédio como patrimônio histórico e artístico do município de Feliz em 2014, foi feito um levantamento cadastral para identificar a situação da construção. Em seguida, a equipe de arquitetos da Escaiola desenvolveu um plano de ocupação e um projeto arquitetônico de restauração. O projeto foi então aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura do RS para a captação dos recursos necessários para a execução das obras. A maior parte do dinheiro (79,33%) já foi captada, e as obras iniciaram em março de 2022.

E o que será feito na segunda etapa?

A depender da administração municipal, possivelmente deverá ser realizado o restauro do restante do casarão, garantindo a preservação e valorização do bem. As demais etapas englobam cinema comunitário, salas multiuso e sede de instituições artísticas e culturais da municipalidade.

O que é um tombamento? 

É um ato realizado pelo poder público com o objetivo de preservar bens históricos de valor cultural, arquitetônico e ambiental para a população. O tombamento impede que o prédio seja destruído e estabelece regras para que não haja descaracterização de seus elementos. 

Por que o casarão foi tombado como patrimônio histórico?

O Casarão Amália Noll é um dos poucos remanescentes da arquitetura dos tempos da imigração na área urbana do município de Feliz. O conjunto histórico mescla áreas de enxaimel, pedra bruta, alvenaria de tijolos maciços e colonial português. Elementos da imigração italiana se misturam aos traços portugueses e alemães, uma vez que, no jardim do casarão, um pé de videira centenário teria sido a matriz dos parreirais implantados no distrito de Nova Milano por um dos primeiros imigrantes italianos do Rio Grande do Sul. 

Portanto, preservar o prédio é também preservar a história e a memória dos imigrantes alemães e italianos que chegaram até a região. Além disso, Amália Noll passou para o imaginário popular da cidade de Feliz como uma pioneira do empreendedorismo cultural na região no início do século 20. De certa forma, então, seu casarão pode ser entendido como o primeiro equipamento cultural da cidade. 

De onde vem o dinheiro do projeto?

Os recursos foram captados junto a empresas através da Lei de Incentivo à Cultura, que permite que as empresas apoiadoras creditem 100% do ICMS a projetos culturais aprovados pelo Conselho Estadual de Cultura – caso do projeto Casarão Amália Noll. as empresas destinam, a título de contrapartida, um percentual (de 5 a 10%, variável a depender da modalidade de projeto) ao Fundo de Apoio à Cultura do RS. No caso deste projeto, o percentual é de 5%. Financiam esta iniciativa as empresas Vinícola Don Guerino, Malharia Anselmi, LB Alimentos, Plastiweber, Fibraform e Grupo K1.   

A prefeitura financiará o restauro?

Não, a Prefeitura de Feliz deverá apenas arcar com uma contrapartida de 10% do valor total do projeto (R$ 109,5 mil), obrigação prevista pela Lei de Incentivo à Cultura no caso específico de patrimônio tombado. Esses recursos podem ser obtidos diretamente com o município ou então através de emendas parlamentares, ou seja, valores que os próprios legisladores destinam ao projeto. 

Quais os benefícios que o projeto trará para a cidade?

Além de preservar um conjunto histórico exemplar dos tempos de imigração alemã e italiana na região, o restauro possibilitará que o prédio seja usado como centro cultural municipal, aberto à comunidade. Por suas características históricas e artísticas, também pode contribuir para fomentar o turismo na cidade. 

O dinheiro para o restauro do Casarão poderia ser aplicado em infraestrutura, saúde, educação ou segurança?

Não. O dinheiro utilizado no restauro do Casarão Amália Noll é oriundo da Lei de Incentivo à Cultura do estado do Rio Grande do Sul. Portanto, só pode ser aplicado em cultura, em qualquer município do território riograndense. No caso do casarão, foram as empresas apoiadoras que decidiram qual valor destinariam ao projeto.